Insônia e Tratamentos Não Farmacológicos - Nina Peretti Psicologia
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Insônia e Tratamentos Não Farmacológicos

O sono é uma função biológica fundamental para a auto-regulação do corpo, da mente e das emoções.

A privação de sono, ou seja, a sua remoção parcial ou extinção, podem trazer déficits cognitivos (memoria, atenção, linguagem, raciocínio lógico etc.), comprometimento da imunidade (problemas de saúde), alterações emocionais, que podem estar diretamente relacionado com muitos transtornos e síndromes (transtorno de humor, transtorno bipolar, transtorno de ansiedade, transtorno depressivo, síndrome das pernas inquietas, bruxismo, entre outros).

No livro Mente Positiva do Dr. Julián Melgosa (2009), consta uma pesquisa da Psychosomactic Medicine (Dew et at.,2003), com 185 participantes da terceira idade, com as idades variando entre 58 e 91 anos. Nessa, por 19 anos pesquisou-se o sono com a ajuda de eletroencefalogramas e concluíram que interromper o sono por mais de 30 minutos durante a noite ou dormir apenas 20% durante a noite acelera o envelhecimento e ao longo do tempo pode levar o indivíduo a morte.

A necessidade diária de sono depende das características e funcionamento diário de cada pessoa. Segundo o médico Dalgalarrondo (2006), em seu livro Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais, algumas pessoas podem dormir 10 a 12 horas por noite e mostrar indisposição, falhas de memória e hipersonolência diurna, enquanto outras podem dormir apenas 5 horas e mostrar total disposição e bem-estar. Assim conforme o diagnóstico do médico pode-se concluir que a profundidade de dormir, ou seja, a qualidade do sono é fundamental para o equilíbrio corporal comparado a quantidade.

A insônia é um dos distúrbios do sono, que se caracteriza por apresentar dificuldades repetidas para iniciar e/ou manter o sono (insônia inicial ou de manutenção), despertar precoce (insônia terminal) ou sono não restaurador.

O tratamento mais comum para a insônia é o medicamentoso. Contudo há diversos estudos que sugerem a não utilização de medicamento, conforme pesquisa de Carnwath e Miller, em seu manual Psicoterapia Conductual e Asistencia Primaria (1989), mencionam um estudo de Davidson e seus colaboradores com a participação de um grupo de pacientes com insônia. Foram administrados nesses pacientes medicamentos para dormir e lhes foi ensinada a prática de relaxamento. Resultado: todos começaram a dormir melhor.

Após alguns dias, aleatoriamente, dividiu-se esses em dois grupos. Ao primeiro grupo foi informado que a verdadeira razão de sua melhora era o poder de atuação dos medicamentos. Ao segundo grupo foi explicado que a razão de sua melhora era a eficácia do relaxamento, pois a dose de sonífero havia sido insignificante (o que era falso). Nessa etapa, o tratamento com medicamentos foi interrompido.

Resultado: o primeiro grupo voltou a dormir tão mal quanto antes. E o segundo grupo continuou dormindo melhor. O fator responsável da melhora do segundo grupo foi a autossugestão, ou a pratica do relaxamento, mas não o efeito dos medicamentos que já haviam sido interrompidos.

Há outras formas de tratar a insônia sem farmacológicos que são: através de mudanças de hábitos (alimentares e de rotina); psicoterapia, que tem como objetivo eliminar crenças e atitudes errôneas relacionadas ao sono; pratica de exercício físico; fototerapia, entre outras terapias alternativas.

Logo, conforme as pesquisas citas, o bom sono é fonte de saúde e fazer tudo o que for possível para melhorar a qualidade do sono, sem causar prejuízos a logo prazo ao corpo é fundamental para ter qualidade de vida, especialmente na terceira idade.

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